Já dizia Steve Jobs, ” a inovação distingue o líder de um seguidor”. E como fazer o design inclusivo e mais político?
A internet se tornou grande emancipadora e locutora da diversidade.
Antes era mais comum sairmos de nossas casas em rumo à avenidas movimentadas com nossos cartazes de tinta guache cheio de palavras e expressões que mostrassem nossa indignação com X ou Y questão social.
Hoje vamos em nossas redes sociais, fazemos o famoso “textão” (não julgando quem faz textão, inclusive faço) e se dá por feito o nosso momento militante.
O design ja é político faz tempo.
A estética empregada nas peças sempre dizem algo sobre alguém, sobre uma cultura, sobre uma sociedade.
Mas como fazer isso em nossas empresas ou de forma profissional? Como sair dos 2.200 caracteres que o instagram nos permite e fazer do design e outras áreas da comunicação e marketing algo realmente inclusivo e político?
Empresas diversas = design diverso
Normalmente ouvimos dizer que o design é diverso por natureza, mas você já parou para olhar em volta e ver os coordenadores de cursos de design nas faculdades, os líderes em empresas ou até mesmo os designers presentes na linha de frente de eventos?
Nem preciso responder essa pergunta né?
Em 2015, a Meio & Mensagem fez um levantamento com 30 agências listadas entre as maiores do País e apontou que as mulheres eram menos de 20% dos departamentos criativos.
Em 2018, um novo senso com 31 das maiores agências do País apontou um aumento tímido nesse número, passando para 26%.
Ter times diversos (não só formados por mulheres, mas também por pessoas pretas e LGBTQIAP+) possibilita novas maneiras de enxergar o mundo.
Tem um ebook da Surfe Digital que da muitas dicas de como ter uma organização/ empresa plural, vale a pena a leitura!
Use e abuse de imagens que tragam mais do que a estética
Mesmo que a palavra representatividade seja utilizada de forma muito ampla não devemos esquecer o seu real significado.
substantivo feminino
- qualidade de representativo.
Quando falo de imagem não é somente essa representação que temos, ela para além do visual.
O dialógico, verbal e intelectual também representa algo, mas vamos começar do básico.
Então, para isso vou colocar aqui uma lista de bancos de imagens e ativos que uso para desenvolver as minhas peças:
Obs.: A lista ainda é pequena, mas quanto mais compartilharmos essa ideia e necessidade da comunidade, mais empresas e pessoas terão vontade de contribuir para isso.
Mais que político, humano
Retomando o que falei no início, o design já é político, o que falta mesmo é ser humano.
Para isso acontecer é necessário que empresas, studios e freelancer usem mais do conceito “humano” da coisa toda.
Quando a gente fala de experiência do usuário/ experiência do cliente, muita das vezes a gente esquece o propósito disso, que é passar a mensagem para outro alguém.
Esquecer que falamos com outro alguém que pensa, se relaciona, sente, chora, sorri e se envolve é esquecer toda a vivência e cultura de uma pessoa.
Mas para te ajudar nisso, separei alguns perfis de referência que tem um olhar mais humano para o design e para causas sociais citadas aqui.
- Diana Coe
- Nina Silva
- Essênciafro
- Linah Lopes
- Transpreta
- Gabi Oliveira
- Diáspora Black
- Katiúscia Ribeiro
- Todxs
- Lucca Najar
- Luca Scarpeli
- Louie Ponto
- Atiradinhas (18+)
- Sapatão nas Arte
Pensar design e pensar comunicação no geral, nos faz mais humanos, íntimos e próximos do outro alguém.
Comunicação e design inlcusivo é isso. Quem em 2020 não se comunica?
Use e abuse das referências, procure sobre os temas e vá para além da hashtag #blacklivesmatter — que, por sinal, foi usada erroneamente por diversas pessoas/empresas.